2023 termina sem notícia do paradeiro dos bustos furtados na Praça Saldanha Marinho e sem plano para reposição das obras

2023 termina sem notícia do paradeiro dos bustos furtados na Praça Saldanha Marinho e sem plano para reposição das obras

Foto: Nathália Schneider (Diário)

O ano de 2023 se encerrará sem notícia sobre o paradeiro dos três bustos furtados da Praça Saldanha Marinho em abril deste ano. As obras não foram encontradas pela Polícia Civil. A investigação, finalizada em agosto, apontou os autores do crime, mas não conseguiu localizar as estruturas em bronze em homenagem ao poeta Felippe D’Oliveira, ao fundador da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Mariano da Rocha, e ao ator Leopoldo Fróes. Já a sindicância aberta na prefeitura como desdobramento da polêmica envolvendo o caso terminou inconclusiva. Quanto à reposição dos bustos na principal praça de Santa Maria, a prefeitura informou que, por enquanto, não há plano.

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Segundo Carlos Alberto Gonçalves, delegado da 1ª Delegacia de Polícia (DP), o inquérito sobre os furtos durou cerca de quatro meses. Os três autores do crime foram identificados por meio das câmeras de videomonitoramento do Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp). No período da investigação, também foram feitas buscas em locais de receptação e nos celulares dos suspeitos.

– Todos os autores foram indiciados por furto qualificado. Eles não falaram claramente o destino que deram para os bustos. Nesse sentido, foi difícil localizá-los. Fizemos buscas em locais prováveis de receptação e também nos celulares dos suspeitos tentamos encontrar alguma informação que nos levasse aos bustos, mas não conseguimos localizar os bustos – relata o delegado.

Logo após o sumiço dos três bustos, o Diário percorreu cinco espaços públicos para conferir a condição do restante destas estruturas na cidade. A partir da pesquisa, foi possível perceber que mais monumentos não estavam em seus locais de origem. Dentre os 14 encontrados, somente cinco ainda tinham o busto em maio deste ano.

Em julho, a prefeitura afirmou que não tinha projetos para retomada dos bustos da Praça Saldanha Marinho. Na época, a secretária adjunta de Cultura, Fabrise Muller, também disse que o Executivo não tinha registro de quando haviam sido furtados o restante das estruturas em Santa Maria. Questionada novamente, em dezembro, a prefeitura reiterou que não há plano alternativo de reposição e que o foco, no momento, está na revitalização do Coreto e do Chafariz, da Praça Saldanha Marinho.

Felippe D’Oliveira

Sindicância teve resultado inconclusivo

Em maio deste ano, a prefeitura abriu uma sindicância para analisar um desentendimento entre um guarda municipal e o superintendente do Ciosp, Sandro Nunes, relacionado ao furto dos bustos. A sindicância apura os fatos e precede da abertura de um processo administrativo.

No dia 5 de maio, foi registrado um boletim de ocorrência sobre o caso. No relato do boletim, um guarda municipal apontou estar dentro de uma viatura na Praça Saldanha Marinho, por volta das 2h, quando iniciou uma conversa com Sandro Nunes, que teria feito uma abordagem incisiva.

Leopoldo Fróes

Em uma das declarações, conforme o registro policial, Sandro teria mencionado que os furtos de bustos na praça, por exemplo, aconteceram porque os guardas "ficaram dormindo dentro da viatura". Por isso, além do desentendimento, a sindicância também verificou a atuação dos servidores na proteção do patrimônio.

– As provas testemunhais foram inconclusivas em relação tanto ao fato dos guardas estarem ou não supostamente dormindo na viatura, quanto também ao fato da suposta agressão. O que se entende lendo a questão testemunhal, especificamente, é que houve um desentendimento, talvez uma rispidez nas palavras, mas não configurando a partir das testemunhas, objetivamente, uma agressão – afirma Carolina Lisowski, controladora-geral do município.

A sindicância também foi concluída em agosto deste ano. O guarda municipal e o superintendente foram ouvidos, assim como demais testemunhas que presenciaram o desentendimento. Imagens das câmeras de videomonitoramento e de celulares também foram analisadas.

– Juntando as provas testemunhais das pessoas que estavam lá ou daquelas que ouviram sobre os fatos e as demais provas que são tecnológicas, digamos assim, porque são as câmeras das imagens e os vídeos gravados por aqueles que estavam ali, não conseguimos concluir apontando a existência de alguma irregularidade. Não se viu nas imagens, qualquer gesto de ambas as partes que representasse agressão. Obviamente, que essas câmeras de segurança não têm áudio, então, visualmente não se vê gestos, posturas, aproximações que demonstrem ameaça ou gestos de violência e de agressividade – explica Carolina.

Mariano da Rocha

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